quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Chuva

Às vezes bate uma sensação fofa dentro da gente. O tipo de coisa que acontece em dia de chuva.
Quando todo o céu fica cinza, quando o vento é mais forte, quando a janela parece ser o melhor lugar do mundo e quando o café é o gosto do dia e da noite: está chovendo.
Parece que o aconchego da chuva vem carregado por uma nuvem gorda e tudo aquilo que mais se quer é entrar dentro dela e simplesmente esperar que o vento guie essa confortavel viagem.
Daí bate aquela saudade de todos os outros dias de chuva, de toda a preguiça curtida envolvida num cobertor, de todos os colos e cafunés recebidos, de todos os filmes água com açúcar assistidos na vida.
Dá uma vontade de ser como a chuva, que aprecia as coisas do alto, depois tem a chance de cair e sentir o frio do vento na pele. E depois de cair e voar, voltar ao topo e ver tudo por outra perspectiva.
Nessas horas a única vontade é de ser mesmo como a chuva.
Vigorosa.
Penetrante.
Simples.
Livre.

domingo, 20 de setembro de 2009

Canções

Bem...
Desde a postagem de ontem fiquei pensando que toda história merece uma canção.
Imagino que de certa forma as canções, em muitos momentos, dizem mais e com mais intensidade e poesia aquilo que de fato gostaríamos de dizer.
Talvez sejam resumos melodiosos de sentimentos vivos...
Pois então, a partir de agora, cada nova postagem virá acompanhada de uma canção. Não são as mais novas descobertas musicais da atualidade. Nada disso. São músicas que fazem algum sentido, ou trazem a tona alguma sensação, alguma expressão...
Quem sabe seja para vocês que lêem esse bloguinho uma dica, ou sugestão musical para embalar alguma situação.
É isso.
CANÇÃO DO DIA: 3 libras - A perfect circle

sábado, 19 de setembro de 2009

Acordei sem querer

Perguntei para mim até onde valeria a pena acreditar. Sem muita surpresa ouvi que não adiantaria interrogar, não adiantaria questionar. Fosse como fosse, o comportamento dele seria tal e qual como vejo: frio, distante e arredio. Ele é assim. Essa constatação não é nada fatalista, determinista ou coisa do tipo. É uma evidência. É um fato tão evidente por si só que torna-se desnecessária e inútil qualquer tipo de insistência ou tentativa de aproximação.
Seria um bom exemplo do que eu chamaria de “diferença de perspectiva”: para um é pouco, para o outro é excesso. Popularmente conhecido como “divergência de opinião”.
Então, diante de todas as evidências e das mal sucedidas tentativas de compreender ou ao menos decodificar as atitudes dele, decidi não mais dar preferência a quem me trata como descartável opção. Definitivamente não sirvo para suportar esse tipo de tratamento.
É muito simples resolver tudo em palavras: sim, não, é, não é ...
Não sou dotada de nenhuma capacidade telepática que me faça capaz de adivinhar o que se passa. E confesso não ter o mínimo de interesse nesse tipo de habilidade.
Se as pessoas podem falar, verbalizar, externar sentimentos por meio de palavras, que mal há nisso?
Falar.
Explicar.
Se arriscar.
Ou pelo menos tentar.
O fato é que constatei que não adianta acreditar. Pelo menos nesse caso acreditar não é o tipo de atitude que resultaria em algo proveitoso e/ou positivo.
O positivo disso tudo, se é que há algo nesse nível, é que a culpa dessa vez não é minha. Ao menos dessa vez.
E o mais incrível disso é que dessa vez eu não me importaria se a culpa fosse minha, ao menos assim doeria um pouco menos perceber que o quê ou quem eu queria faz de tudo para desconstruir o que poderia até ser sonho.
Acho que acordei então...